Abstract:P ARECE-NOS frequentemente esgotado o debate, ja agora de decadas desde Austin (1975), arrastado em congressos e simposios por toda parte ao longo deste periodo, sobre a problematica da identidade, da...P ARECE-NOS frequentemente esgotado o debate, ja agora de decadas desde Austin (1975), arrastado em congressos e simposios por toda parte ao longo deste periodo, sobre a problematica da identidade, da pluralidade cultural, ou, como se quer nestes ultimos tempos, do fenomeno dos deslocamentos transcontinentais. As discussoes, porem, continuam, agora de ambos os lados, quando mais recentemente Europa e Estados Unidos nos expoem e tentam decifrar a esfinge de nossa circunstância ou dela em relacao tambem a eles. Essas discussoes parecem infindaveis a intelectuais e criticos da America Latina a medida em que significam a nossa diferenca com relacao ao meio artistico dos paises desenvolvidos, afetando o enfoque dos meios cultos de nossa arte, do periodo colonial e do contemporâneo. E como se fosse uma realidade da qual nos parece impossivel fugir. O impasse aprofunda-se nestes dias em que os regionalismos parecem acirrar-se e os grupos com afinidades se fecham sobre si mesmos (mesmo apos as alteracoes da nova geografia politica da Europa), rejeitando a facilidade do contato mais veloz, ao menos em termos de rapidez de comunicacao. E como nos lembra o teorico de literatura argentino, porem atuante no Brasil, Raul Antelo (1993): A constatacao e alarmante: cada vez mais as ideias sao regionais. E facil ver nesta situacao um dos avatares da modernidade: um liberalismo sem ilusoes que padece sem perspectivas de cosmopolitismo. E duro ver que, estancados a meio caminho na estabilizacao de um sistema de intercomunicacao cultural, assistimos, atonitos, a sua crise e liquidacao (1).Read More